Antes de tudo é bom pontuar que qualquer pessoa que segue qualquer religião, automaticamente torna-se um religioso por seguir a religião que lhe coube. Com o Cristianismo isso não é diferente, todos sem exceção são religiosos denominados; cristãos.
O que quero enfatizar aqui é a conduta que com o decorrer dos anos, acabamos nos enquadrando, acostumando, e relativizando a fé, a prática, e a doutrina cristã, e quase que cem por cento das vezes nos apegamos mais há costumes do que a lei que o Senhor Jesus gravou em nossos corações. Nos tornamos insensíveis a voz do Espírito Santo, e passamos a não condenar tanto nossos erros e a julgar demasiadamente os erros ou pecados dos nossos irmãos, como se os nossos fossem menos ofensivos.
Separei aqui 5 Sinais que podem te ajudar a fugir dessa espiritualidade fingida:
Sinal 1. Seu pecado é menos ofensivo.
Sinal 2. Nos acostumamos com o culto.
Sinal 3. Temos pecados de estimação.
Sinal 4: A sua família não é sua prioridade.
Sinal 5: Não precisamos mudar, porque já somos bons o bastante.
Sinal 1: Seu pecado é menos ofensivo
Nossos pecados passam a não ser tão graves assim, ou até toleráveis. Muitas pessoas justificam seus erros com falas: "eu sofri muito, por isso faço isso", ou "se sou assim é porque fizeram mal a mim", ou ainda: "todo mundo faz isso, até meus amigos que são "crentes", "eu não acho que isso seja tão grave assim". Isso é relativizar. Veja um exemplo clássico: "Eu acho que essas irmãs que usam calça vão pro inferno" enquanto ela pratica todos os dias a prática da fofoca, que é abominação.
Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!
Tiago 1:26
Sinal 2: Nos acostumamos com o Culto
É como se nós fôssemos para a igreja por mera obrigação, nos acostumamos em dar glória, nos acostumamos a servir, nos acostumamos com a liturgia (a forma como o culto é dirigido), nos acostumamos com tudo. Passa a ser tedioso, e não mais prazeroso. Nos acostumamos até com os milagres, com as curas, com os dons que o Senhor distribuiu para o crescimento da igreja. Com tudo, não sentimos a presença pulsar em nossa alma de forma a quebrar nossas defesas e deixar nos purificar e nos fazer pessoas melhores. O religioso se acostuma com o mar (liturgia), porque acredita que já sabe nadar e remar, mas ele não mergulha na presença para ser cheio do Espírito.
Sinal 3: Temos pecado de estimação
Eu sei que todos nós lutamos contra algum pecado específico, que a minha fraqueza provavelmente é diferente da sua, e que até Jesus voltar iremos lutar para vencer esse mal que nos atormenta, é por isso que buscamos ao Senhor, clamamos para sermos mais puros, mais santos, mais ovelha. E tomamos muito cuidado e refletimos muito, e quando refletimos choramos muito, lamentamos muito, imploramos mais e mais pela santa presença do Senhor, para que nos purifique, e vigiamos de tal forma que nos afastamos de qualquer indício daquele mal. Com o religioso, é o oposto, ele não vigia, ele não se importa, ele acredita que não tem problema, ele não busca santidade (pureza e transformação de caráter), ele não vigia. Ele está mais pra bode, do que para ovelha, que é ingênua, obediente e pura.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundície.
Mateus 23:27
Sinal 4: A Família não é sua prioridade
Com o passar dos anos, ele está tão envolvido com o trabalho, e igreja, e os afazeres que vem com essas responsabilidades, que é muito comum sua família ser negligenciada, começando pela esposa, ele não a trata bem (e se trata, somente na frente dos seus iguais para demonstrar "bondade"). Ele não a valoriza, não cuida, não zela, da sua família. Por isso é muito comum seus filhos serem rebeldes, desviados, porque eles não dão exemplo em casa, é muito comum suas esposas serem amargas, mal amadas, tristes, mal cuidadas, invejosas devido a falta de zelo, de amor. Esse é um dos motivos pelo qual muitas mulheres se divorciam, mesmo sabendo que elas é que vão ficar com má fama, já que eles são "santos" para a maioria das pessoas. Nossa família vem antes da igreja, do trabalho, de qualquer coisa ou pessoa.
"Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e pior que um descrente" 1 Timóteo 5:8
Sinal 5: Não precisamos mudar, porque já somos bons o bastante.
Você sempre vai ouvir isso de uma pessoa que chegou a todas essas fases da religiosidade, ele definitivamente não deseja melhorar ou ser ainda mais transformado, costuma confundir experiência, dons com santidade e acredita que está agradando ao Senhor fazendo sua parte. Nunca um religioso será tão sincero a ponto fazer como o publicado; anunciar publicamente seu estado pecaminoso, porque ele acredita que realmente é santo, e que também é mais santo que o seu próximo, e melhor que seu próximo.
Em resumo, meus irmãos, acredito que consegui passar um pouco sobre o que entendo do que acredito ser um religioso, penso que todos nós devemos ler isso com muito temor, e analisar em nós para ver se nós não estamos nos tornando um, porque a coisa mais fácil do mundo, depois que você vem para o Senhor, é julgar, condenar o outro, como se nossos pecados não existissem mais, porque nossa natureza é má e ela se acostuma apresentar-se santa, enquanto está cheia de morte dentro de nós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
Mateus 7:3-5
Fiz um vídeo no Youtube onde também falo a respeito desse tema: LINK (assista e complemente o que leu aqui)
Estudo feito por Kátia Pereira fundadora do Blog Evangélico, cristã, Blogueira, esposa, mãe, formada em Marketing Digital, Terapeuta em Formação <3
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